sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mesmo sem saber porquê.


Ando me perguntando ultimamente a graça na qual vejo em assistir o cair de uma folha da árvore, ou uma criança embalar-se em um jardim. Coisas simples que em todo cotidiano é existente, nesses momentos tão sem explicação me vem a ideia de que: Por que eu continuo com relacionamentos com datas definidas pré-fixadas?

Absolutamente como se fosse instantâneo as milhares de razões aparecem, mas as principais se mostram nestas: Primeiro, porque o amo e isto é um maneira de me prender certo tempo a essa pessoa tentando fazê-la feliz. Segundo, pois é um modo de tentar deixar marcas de que os bons momentos valeram a pena e que estas lembranças são o fundamento principal para levar um bom convívio após o fim. E por último, como golpe de salvação, buscar uma saída possível para que o final não se aproxime e o ciclo vá se repetindo dentro de si.

Os mesmos argumentos provam-me o seguinte: Que mesmo sabendo que a folha tem o destino certo ao cair de uma árvore, que neste caso será o chão. Como não prever que a mesma criança irá interromper sua brincadeira e correr para salvar a folha da subta queda natural? Como não assistir seu sorriso ao conseguir alcancar a folha que se torna sua a partir de então e vê-la brincar e cuidar como se fosse perdê-la por culpa da brisa do destino?

Talvez eu como folha e você como criança ainda tenhamos salvação de uma fatalidade, de um ciclo comum, porém se apresse e preste atenção para não chegar atrasado demais e acabar por não encontrar-me e pisar-me sem notar, pois nas coisas mais findas, nosso sentimento perdurará pela beleza da simplicidade, porque nessas belezas naturais estará o meu, o seu, o que chamamos de nosso, o amor.

2 comentários:

Raíssa Bahia disse...

Adorei, escreves muito bem. Parabééns!

TSV disse...

Lindo texto como sempre né minha gata?
To aqui pra lhe informar que acaba de ganhar mais alguns selos viu? ;)
Passa lá depois pra pegar, espero que goste!!!
Bjs

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