sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Onde? Eu quero!
Onde moras? Se não além do meu coração? Estranho fosse se não nos conhecêssemos, se não fossemos parte presente de cada um. Preciso te tocar, te apertar, morder, sentir nem que seja breve. Como se cada parte do meu corpo, gemesse a tua presença, a tua vivacidade, a tua alegria.
Porém a cada dia vejo a distância caminhando e esticando o meu coração. Quero ver quando ele quebrar quem irá colar se não eu, sozinha? Isso mesmo, desse jeito, esticando e fazendo buraquinhos em mim, como se fosse uma peneira, onde tudo, sentimentos, ações, reações, pessoas e coisas, estivessem vazando. É, e cada dia aos pouquinhos ela vai abrindo mais um buraco, estica aqui, abre dali e cada vez te sinto mais longe, longe do que vivemos, longe do que sinto e não sei se ainda sentes.
Eu não, não sinto como antes, sinto que hoje sinto mais, sinto-me viva, sinto-me freneticamente e absurdamente em plenitude, comigo, por ainda te amar e te sentir vivendo por mim em mim. Isso é confuso e chega ser doentio, mas o amor, além dos encantos quando se chega onde estou, vira doença, vira loucura.
Ainda me sobra a ardência, que sou eu, ardente de saudade, de desejo, de alegria por saber que ainda mesmo que longe estás aqui, estás em mim, estamos. Estamos longe em questão de quilômetros, mas a saudade se faz traiçoeira e me põem frente a frente a ti, em mim, por dentro.
O engraçado de tudo isso, é que tiras o que de melhor tem em mim e infelizmente o pior também se faz presente. Não, não tiras o pior, mas ele aparece abusado nas minhas vivências, como se ele sempre fosse se deleitar em cada pedaço na nossa história.
Procuro em outros olhares e lugares onde errei? Talvez fraqueza minha, que hoje não posso te mostrar. Pergunto-me onde foste fraco? Onde é a questão? Não vi sua fraqueza em momento algum, senão perante a mim, perante a minha presença na sua vida, eu te tirei o equilíbrio e estabilidade, essas foram meus maiores erros e minhas maiores vitórias.
Prometas pra mim que não irá demorar em voltar, essa espera é aflitiva e agonizante, agonizo ao pensar que outros braços e pernas poderão estar tocando o corpo e alma que em minha mente insana ainda são meus.
O problema está em que, talvez eu nunca descubra e viva a ilusão de ainda me amas. E farei o necessário para isso, para que essa ilusão passe do imaginário popular e se transforme em conto de fadas. Nem que isto seja, o último golpe, que lhe prometerei.
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3 comentários:
Que aperto no coração que dá ler isso.
Se você consegue transmitir isso pros leitores, uma mísera parte dessa agonia, imagino o sofrimento que é pra você conviver plenamente com isso, na realidade!
Belo, dramático e intenso como sempre, como você!!
Lindas palavras querida... Obrigado por visitar meu blog... Estou lhe seguindo no Twitter e o seu blog...
Bjuxxx no coração...
Posso dizer que uma palavra resume bem seu texto: in-ten-si-da-de!
Ele é intenso e nos absorve inteiramente.
Parabéns, viu.
Um beijo!
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