quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Aniversário de Vida.
Tinha uma característica com a sua personagem preferida (do momento). Ela adorava ler e como lia, não como todos, devorava dezenas, centenas, milhares de páginas, com um sabor exótico. Sempre acompanhada de um belo açaí ao lado. E nesse tão especial para sua cidade. Sim, vocês adivinharam, ela era paraense. O amor e o sofrimento dela foram deixados de lado, pegou um dos seus livros preferidos da coleção e foi folheando.
"Antologia das Mangueiras" era um bom livro, ela se lembrava das vezes que leu em e-book, porém quando ele foi lançado, foi uma das primeiras a comprar, "devorou" com toda sua força e conseguiu ler ele em tempo recorde. Complicado explicar o carinho que ela sentia pelo autor do livro eles eram blogueiros, com histórias diferentes, vidas diferentes e mundos completamente diferentes, com tudo o destino tratou logo de aproximá-los.
Logo depois, ela pegou um livro de um dos seus melhores amigos, uma pessoa que ela se orgulhava muito de já ter sido parte de uma parte da sua vida e que hoje nesse mesmo dia do aniversário da sua cidade, ela era hoje uma grande conhecida de um escritor que era seu vizinho, colega de classe, amigo, companheiro e que hoje em virtude da distância eram apenas passado um do outro. Gabriel Nogueira. Ele se tornara um grande escritor na área da reportagem, começou como ela, com um simples blog e hoje estava longe, bem longe do que se podia imaginar, era um repórter investigativo, dono de uma bancada só sua.
Logo depois, lembrou-se de que outra amiga por assim dizer, também tinha lançado seu primeiro livro recentemente. Como elas tinham carinho por suas dores, aquela dor de amor da adolescência que tinha sido tantas vezes os únicos momentos que as aproximavam, beiravam a loucura e a insanidade por muito tempo, todavia não tinha ideia do que poderia acontecer, a história delas virou um livro, livro que a outra escreveu.
Tantas pessoas passaram por sua vida dentro de um blog, um mero blog, amigos próximos, "amigos" não tão próximos, outros até nem tão amigos assim, os plagiadores. Ai como ela odiava eles. Passou tanta gente que ela não pode deixar de se apegar a leitores assíduos do blog.
Uns vieram a ser realmente escritores, pois queriam isso, outros não, apenas continuaram brevemente como escritores de blog, ou blogueiros, como assim chamamos carinhosamente. Eram eles um grupo unido e pronto para qualquer coisa que viesse, sempre se apoiando em momento difíceis de desertos criativos, porém ninguém melhor retrata esse momento da sua vida senão ele.
Seu melhor amigo, seu melhor homem, seu tudo. Ela pensava que boba era quando escrevia textos e mais textos românticos e trágicos sobre seu amor. No fim ele virou apenas uma página na internet e um companheiro na sua cama, vida e profissão.
O sonho de ser geneticista na cidade das mangueiras era estranho e pouco comum, porém ela conseguiu, viveu, sonhou, voltou e encontrou, naquele simples amigo todo o amor puro do final de adolescência inteira, como se o tempo pudesse ter parado e conservado em formol tal sentimento.
Era mãe de quatro pestinhas, ainda dava aulas, eram 425 anos da sua linda cidade, com quarenta e oito anos, pensava ela: "Mais tarde há de chegar o meu grande amor". Ainda juvenil da parte dela pensar assim, sentada com um copo de açaí e um livro nas mãos, aquele que contava a melhor história do mundo, a história da vida dela e dele.
"Parabéns para mim por fazer parte dessa história de Belém do meu Pará.
Parabéns por seus 395 anos."
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Um comentário:
Como sempre arrasando guria!
Voce tem uma facilidade pra escrever que me fascina!
Não sei se facilidade é a palavra, mas percebe-se que vc escreve com gosto e é gostoso ler seus textos, ficar divagando depois, adoro!
bjs ;*
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