terça-feira, 23 de novembro de 2010

Entrega ao Fracasso.


"Nada mais poderia ser feito, nada."

Era assim, perder pessoas queridas é como a morte, ou até pior, pois quando se morre as lembranças boas são as únicas que perturbam sua memória, agora quando se cometem crimes como o de deixar alguém que se ama tanto ir por bobagens, a dor é excrucitante. Era assim que Tatianna se sentia. Como poderia perder um amor assim?

Já era experiente em relacionamentos, tivera muitos namorados, se apegava fácil as pessoas, era como se ele fosse seu último amor, talvez fosse, mas logo depois se desapegava na mesma facilidade, era intenso, divino, porém mortal para todos eles, eram decepções em cima de decepções, as pessoas lhe avisavam que ela ficaria sozinha, nem sua mãe ela ouvia, quem dirá suas amigas e amigos, os poucos que lhe restavam.

Ele era seu melhor amigo, o mais lindo de todos aos seus olhos, ela tinha que conquistá-lo, era difícil, quase impossível, ele só a via como uma irmã mais nova, um bebê, com tudo esse bebê se transformou em amor numa velocidade absurda e na mesma se dissolveu.

Eram como água e oléo, não se misturavam, polos opostos, não tinham nada que combinasse, entretanto faziam uma dupla interessante, um par intrigante, um casal, o casal, todavia as brigas diárias se tornaram maiores depois de uma besteira que o afastou definitivamente.

Não se conteve de raiva por uma bobagem e acabou fazendo outra maior. Como ela fora estúpida, penso que estaria fazendo ele ser apenas seu amigo, porém ele interpretou como se o sentimento de importância tivesse a deixado por breve momento e a recapturado com mais força logo em seguida, grande estupidez, por algo tão banal.

Thomás não a perdou, apenas ela sobrevivia as sombras de um amor perdido, mais um? Não, o amor.

Dois disparos, uma boca, sangue por todos os lados, era seu fim, trágico como o de todos os seus relacionamentos, as pessoas não notaram, afinal era ano novo, data perfeita para isso, afinal os fogos eram altos ninguém ouvira falar mais dela, nem seus amigos, parentes, foi interrada como indigente num cemitério qualquer.

"Nada mais poderia ser feito, nada."

Um comentário:

Anônimo disse...

ei m inha linda parabéns.
seu blog é us sucesso
seu amigo está lhe apoiando não para de escrever...
bjaum

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