Como haviam planejado, houve o terceiro, quarto e quinto encontro, antes do Círio, porém a ‘Nazinha’ tinha que abençoar esse amor.
Tudo visto, era Círio outra vez, os dois se buscaram, procuraram e nada. Será realmente eles não iam se encontrar? Mar de gente e nada de se verem. Guilherme não acreditava que aquilo acontecia, ela não fora ao encontro dele.
Medo? Talvez.
Dúvida? Com toda a certeza.
Apenas um detalhe a deixou em casa, a descoberta que seu marido após suspeitas de que ela estava apaixonada novamente e não era por ele.
Eles brigaram feio, véspera do Círio não era aquela alegria e felicidade em razão de alguém maior, era apenas uma maneira de comer a bancarrota, Rodrigo pensava.
Ele quase chegou bater em Ana, entretanto não teve coragem de tal covardia, era demais para seu coração ver o amor de anos, 21 anos, idade de Guilherme, nascera aquele amor, crescera e com tudo, morrera. Por falta de empenho? De interesse? Não, apenas o destino agindo de maneira torta e sem sentido com os três.
Ingrid sabia que tinha feito errado ao contar para Rodrigo sobre Ana e Guilherme, porém sua mãe estava certa, aquele amor não podia acontecer e não aconteceu.
Guilherme chorava, a multidão também, eles choravam de emoção ao encontro com Nossa Senhora, ele chorava apenas por não saber ainda que a solidão o aguardava.
De um modo incerto, aquilo que não podia, não devia, não se queria, realmente não se existiu. A dor de Ana, era a dor de Guilherme e Ingrid também sofrera, não queria, todavia já era parte daquilo e não se podia separar, eram três, eram dois, era um.
Um só divididos em três, separados nesta vida.
Porém, Janaina encontrara Guilherme em meio à multidão e não entendia se aquele choro era de emoção ou de dor.
Ele sabia que não poderia explicar, mas ela quis entender, um olhar, um sentimento, uma dor, um encontro e novamente o ciclo chegava a seu fim e recomeçava, maneira torta e incerta, com tudo era um recomeço.
“- Se eu acreditasse em Destino, essa seria a prova real de que ele existe.”
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