
A história chegou aos ouvidos de Marcela e os dois entraram em pânico.
Começaram a ligar para hospitais próximos, delegacias, até para a Polícia Rodoviária e sem notícias as lágrimas eram as únicas que poderiam arrancar a dor da ausência de Marcos. Por que ele não avisou que ia viajar? Essa pergunta já havia perdido o fundamento a essa altura, ‘os porquês’ tinham dado lugar ao ‘por onde’ ele deveria estar.
Mágoa, angústia, sofrimento, tudo em vão.
No dia seguinte, assim que Marcela chegou em casa, encontrou Marcos deitado no sofá, porre e cheirando a cigarro. Assim que ela contou para Daniel, a raiva e o ódio tomaram conta do seu ser e ele cometeu uma grande loucura.
Chegou em casa, cansado de tanto estar acordado o fim de semana todo e pegou todas as coisas do Marcos, juntou num bolo e começou a cortar, desde as roupas até seus documentos, não restou nem seus diplomas de ens. Fundamental, Médio e Superior. Histórico escolar? Aquilo era só um monte de papel e tecido junto, foram todos os presentes guardados dentro desses anos juntos, até a aliança foi junto, acompanhada de milhares de lágrimas.
Tudo cortado? Sim! Hora de queimar todos os pertences dele, a fúria era tanta que apenas sobrou à roupa no corpo de Marcos, que já era o de menos na circunstância que o Daniel se encontrava, embebido de ódio.
E mais um dia chegou ao fim...
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