
Meses se passaram e Ingrid ainda sofria com a ausência de Rafael, dor constante que sugava os restos mortais, assim dizendo, que ela possuía. A mágoa era forte entre eles dois, orgulhosos não queriam voltar, mas algo tinha que ser feito e foi.
Após o último término, ele cortou todo o tipo de contato, a única coisa que restava era o e-mail dele que ele também mudou, porém comunicou-a da mudança e como ela não tinha outro modo assim o fez. Mandou um e-mail para ele, aos prantos por dentro e por fora, algo de dar dó ao ver o que ela passava e não conseguia externar, por medo talvez, sua única incerteza era se ele ainda a amava.
‘Com lágrimas e o rosto inchado admito:
Eu te amo Rafael.’
Assim ela encerrou o e-mail, na esperança de ao menos a comoção da parte ele, ela teria. No mesmo dia ele respondeu que não a amava mais, aquilo foi como um ‘afastador’ de costelas entrando a seco em seu peito, sua dor era maior, mas suas lágrimas já não caiam mais, quem havia caído era ela, sem voz, ar e com pouca respiração, não teve tempo nem de pedir ajuda.
O legista do IML foi incisivo ao dizer que a responsabilidade era de um tal Rafael, porém ninguém soubera da existência dele, não haviam contatos, nem vestígios, apenas e-mails e cartas embebidas em perfume e lágrimas, um pseudônimo de alguém, alguém que ela amara por demais, com tudo nem sua mente foi capaz de restar para contar o fim de sua história, apagada pela mancha do amor-platônico.
Ninguém soube dizer se o tal ‘Rafael’ existia, a única coisa que sabiam que ela morrera, morrera de amor.
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