segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dia dos (ex)namorados – Parte II



E ela tentou, tentou, tentou realmente dormir, afinal sono não faltava...


Porém de alguma maneira aquele gesto a tinha tocado de verdade, sem que percebesse, ela havia mais uma vez perdido o homem, cara, garoto, menino, ou qualquer outra nomenclatura que ela quisesse dá-lo, só que não sabia como voltar atrás, afinal era uma orgulhosa nata e não daria o braço a torcer.


E ele sentou-se na cama e ficou pensando em ligar, até chegou a digitar os números, ele sabia o tamanho do orgulho dela e quanto fora difícil para ela admitir que estivesse errada, mas não, não ligou.


Ela esperou a ligação dele pacientemente, esperou até o sol dar as caras, era um sábado.


Aquele alô meio comido.


- Alôô...


- Deu o braço a torcer INGRID?


Já era difícil para ela fazer isso e ele ainda jogava na cara.


- É assim? Não te ligo mais.


-Não, amor, por favor, não desliga, eu te amo, amo mesmo, amo muito, não me deixa, eu preciso de você, eu sei que pode ser a coisa mais taxada do mundo, mas eu preciso mesmo de você, lembra da tua promessa?


- Não...


Ele sabia que ela lembrava e ela também.


- Que você ia se lembrar do meu cheiro, do calor dos meus braços, do meu beijo, pro resto dos teus dias, enquanto você respirasse?!


Ela tentou evitar, mas não pode esconder:


- Eu jamais me esquecerei disso, mesmo que eu quisesse, não posso impedir, é algo fora de mim.


- Eu te amo meu amor, não se esqueça disso, nosso jantar vai estar pronto no mesmo horário, eu quero você como sempre, linda, linda, linda.


Ela lagrimando:


- Não se esqueça, eu também te amo e não quero mais brigar com você...




Eles brigaram antes de sair, no jantar e depois dele, mas ainda sim iam continuar, tentando, tentando, tentando... Ainda havia amor pra desgastar.


E quem um dia irá dizer que não existe razão?

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