
E como um dia comum, ela estava sentada ouvindo música e o telefone tocou. Coincidência ou não, ela esperava intimamente por uma ligação e de maneira lenta viu de quem se tratava.
- Alô?!
Ao fundo também tocava uma música que ela conhecia bem, ate demais.
- Oi Ingrid.
- Rafael?
- Sim, sou eu, pensava que era quem?
Decepcionada ela diz:
- Ninguém não...
Triste ao saber que era seu ex que a ligava, provavelmente para fazer mais um 'H' do que para saber ela estava bem.
Intrigantemente ele sabia qual ligação ela esperava e logo que se lembrou perguntou.
- Era do Rodolfo que esperavas te ligar?
- Não Rafael, o que queres?
- Saber como estás? Já faz duas semanas que terminamos e fico preocupado com seu bem estar.
- Obrigada, mas não precisa se preocupar, eu vou bem sim, só a Faculdade que anda um tormento, devo repetir uma matéria, mas só. E você?
- Tô ótimo...
Ela tinha um conhecimento prévio do que significava o 'tô ótimo'.
- Huum, bom saber.
Ele não diria o que sente ainda e nem ela sente mais nada, ou acha isso.
- Que bom, então era isso, vais viajar quando?
- Quarta-feira.
- Que horas?
- 17:30.
- Sério? Ótimo! Posso te levar no aeroporto?
Ela não podia aceitar, seu orgulho era maior que qualquer outra coisa nela.
- Não, obrigada, mas eu já me programei para ir de táxi, o contratei e tudo, não posso cancelar, sabes como é.
- Ok então, boa viagem.
- Obrigada.
E assim, ele emudeceu e desligou.
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